terça-feira, julho 21, 2009

Why dude?

What about the market place?

Um ano se passou do que foi a última vez que alguma insatisfação foi manifestada nesta comedida e irresponsável tentativa de intelecto que chamo de blog. Resolvi comemorar este "aniversário" de um tempo mal aproveitado nos arcabouços jurídicos com uma vontade irresistível de mal aproveitar o tempo de vocês também. Pois é meus caros, aquele subconsciente preguiçoso e vagabundo, que incita um radicalismo vivencial, está cada vez mais difícil de ser ignorado. Argumento plenamente justificável para as lorotas deste texto.

Estive pensando, e estranhamente até sonhando, com a praça pública. Se isso é reflexo deste recente mergulho no estudo da filosofia – are baba! – só o tempo irá dizer. De qualquer forma, uma importante e básica (digo básica para não falar óbvia) constatação, é que este corpo celeste está cheio, e por vezes até demais, de um grupo muito heterogêneo. Mas embora tenhamos características diferentes, ao final de tudo, somos divididos entre aquelas grandes maiorias que passam vidas inteiras desconcertados do mundo, em uma existência cujos detalhes ou expressões não são suficientes para preencher meia página e aqueles que passam o dia de mãos dadas com um sentimento de insatisfação tão grande que por vezes, parece tão grande a ponto de incomodar, e muito, o seu sono. E assim, embora possamos ditar alguns axiomas desnecessários na doutrina Nietzchiniana, temos que reconhecer, de fato, que mundo é uma grande praça pública.

Ora meus caros, esta constatação não é tão difícil de entender quando qualquer um é colocado em um meio social no qual co-existem diversas pessoas de gêneros e sínteses diferentes. Assim, quando um começa a repensar seu estilo de vida e também a analisar mais detalhadamente o caráter, se é que assim podemos chamar a essência de ser de algumas pessoas, não se é difícil chegar à conclusão de qual o tipo de pessoa que você é.

E embora as escolhas e estilos de vida dos outros possam parecer errados, ridículos, patéticos ou estranhos aos seus olhos, o que fazer? Fazer os demais enxergar a vida como você? Acho que não. Alguns exemplos históricos refutam esta possibilidade. A vida é dura, não?

Restam duas alternativas imagináveis. A primeira, que por vezes parece o caminho mais fácil a seguir, é fazer-se passar por um deles, replicando idéias já usadas, compartilhando de seus ideais pequenos e esperar que algum dia seja aceito pelo seu respectivo coletivo. O único porém desta alternativa é simples. Consegues ser assim e viver consigo mesmo, dia após dia, com um pequeno e recorrente zunido em seu ouvido cheio de reprimendas por sua covardia em não assumir o seu real caráter?

Acredito que neste ponto, vocês já devem saber qual é a segunda alternativa, o real antônimo para a covardia de se esconder atrás de facetas sociais. Afastemo-nos do lugar comum meus caros amigos, sejamos originais e não deixemos que a rotina termine por liquidar nosso espírito. Busquemos, mesmo que solitariamente, o nosso real caminho na vida, a nossa real significância para nós mesmos, o nosso centro. Os olhos do mundo estarão sempre voltados para você, independentemente do caminho que seguir. Então, às favas com o mundo! Às favas com o barulho das pequenas moscas e seus olhares julgadores e com os grilhões dos arrogantes profetas e aconselhadores de plantão.

Meus amigos, escolham cuidadosamente seus papéis, adentrem esta praça cercada de pagliaccis sociopatas dopados de remédios calmantes, ou busquem a montanha, solitária e alegre, para que, qualquer sendo o seu destino, você consiga atingir a sua paz interior. Aqueles, que puderem entender a mensagem, os vejo em breve. É hora de seguir o caminho.

Flee, my friend, into thy solitude and thither, where a rough strong breeze bloweth. It is not thy lot to be a fly-flap.

Boas noites.